quarta-feira, 27 de maio de 2009

PROVA - MINISTÉRIO DA FAZENDA - ESAF

PROVA - ESAF
24/05/2009 (DOMINGO)


Demorou, mas voltou!

Sim, sim, sim, nosso BLOG voltou às resoluções de questões. E, especialmente, agora teremos pela frente a resolução cabal de toda a prova do MINISTÉRIO DA FAZENDA. Toda ela comentada, item por item.

Espero que todos tenham feito uma boa prova.

Agora, vamos analisar.

À PROVA!

01- Assinale a opção que contém compreensão errada do trecho abaixo.

Os anos 1980 costumam ser lembrados no Brasil como “década perdida”. Estultícia. Economicamente, o período é antes de ajustes que de perda. Quadro internacional adverso, desatualização e gigantismo do Estado, avanço do processo de globalização. Claro: as condições internacionais não permitiam a continuidade da disparada desenvolvimentista dos anos 1970. Mesmo assim, a economia brasileira cresceu 33,5% no período 1980-1989. Nada de espetacular, comparativamente à década anterior. Mas evoluir um terço na magnitude da economia não é perder. É apenas avançar menos rapidamente. Além disso, chamar de década perdida o período em que o país reconquistou e consolidou a democracia é sobrepor o econômico a tudo. Até mesmo à liberdade.
(Ronaldo Costa Couto, “De 1964 ao Governo Sarney”. Em: Oliveira Bastos (org.).
Sarney: o outro lado da História. Rio: Nova Fronteira, 2001, p.111, adaptado)

a) Segundo o autor, é um disparate considerar a década de 80 como “perdida”.
b) A despeito das condições internacionais adversas, a economia dos anos 80 cresceu de modo espetacular.
c) O crescimento da economia, na década de 80, foi menor do que no período 1970-1979.
d) Fatores internos e externos contribuíram para que a economia da década de 80 avançasse a passos mais lentos.
e) O autor considera inapropriado e inadequado, diante do contexto político e social da época, avaliar os anos 80 como tendo sido negativos para o País.

COMENTÁRIOS

Trata-se de interpretação textual.
Lembre-se: o enunciado pede a opção ERRADA.

LETRA A

a) Segundo o autor, é um disparate considerar a década de 80 como “perdida”.

DISPARATE = absurdo, desvario, desatino.

As últimas linhas do texto confirmam o que se enuncia. Veja:

“...chamar de década perdida o período em que o país reconquistou e consolidou a democracia é sobrepor o econômico a tudo. Até mesmo à liberdade”.

CONCLUSÃO: não marcar.


LETRA B – item a marcar

b) A despeito das condições internacionais adversas, a economia dos anos 80 cresceu de modo espetacular.

A resposta está no corpo do próprio texto. Veja:

“(...) Claro: as condições internacionais não permitiam a continuidade da disparada desenvolvimentista dos anos 1970. Mesmo assim, a economia brasileira cresceu 33,5% no período 1980-1989. Nada de espetacular, comparativamente à década anterior (1970 - grifo nosso)” .

Isto é, a economia brasileira NÃO “cresceu de modo espetacular”. A causa disso foram as condições internacionais.

CONCLUSÃO: item a marcar.

LETRA C

c) O crescimento da economia, na década de 80, foi menor do que no período 1970-1979.

O mesmo fragmento utilizado para responder ao item B será também empregado nesta opção.

“(...) Claro: as condições internacionais não permitiam a continuidade da disparada desenvolvimentista dos anos 1970. Mesmo assim, a economia brasileira cresceu 33,5% no período 1980-1989. Nada de espetacular, comparativamente à década anterior”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA D

d) Fatores internos e externos contribuíram para que a economia da década de 80 avançasse a passos mais lentos.

A partir do texto:

Fator externo:

“Quadro internacional adverso, desatualização e gigantismo do Estado, avanço do processo de globalização. Claro: as condições internacionais não permitiam a continuidade da disparada desenvolvimentista dos anos 1970”.

Fator interno:

“(...) chamar de década perdida o período em que o país reconquistou e consolidou a democracia é sobrepor o econômico a tudo. Até mesmo à liberdade”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA E

e) O autor considera inapropriado e inadequado, diante do contexto político e social da época, avaliar os anos 80 como tendo sido negativos para o País.

O enunciado do item refere-se a essa passagem do texto:

“Os anos 1980 costumam ser lembrados no Brasil como “década perdida”

Contraposição do autor:

“(...) chamar de década perdida o período em que o país reconquistou e consolidou a democracia é sobrepor o econômico a tudo. Até mesmo à liberdade”.

“Economicamente, o período é antes de ajustes que de perda”.

CONCLUSÃO: não marcar.


02- Recentemente, a imprensa divulgou uma proposta de financiar as universidades por meio da Lei de Incentivos Fiscais. Seriam permitidas deduções do Imposto de Renda de entidades que investirem em bolsas de estudo, reformas, pesquisas e outras ações. A proposta seguiria o mesmo princípio da Lei Rouanet, que já garante isenção de tributos para empresários que destinam seus impostos a atividades culturais e esportivas.
Fica difícil decifrar o que está por trás desse projeto. Aos desavisados, a proposta soará como ideia brilhante que salvaria a pesquisa e o ensino superior do Brasil. Aos conhecedores das motivações escusas da política cultural vigente, fica a dúvida: a trama pode estar envolta em ingenuidade e boa-fé, mas pode também ser fruto de estratégias voltadas à privatização total e definitiva do ensino superior, cada vez mais tratado como mercadoria.
(Jorge Antunes, “O financiamento das universidades e a tramóia dos privatistas”. Correio Braziliense, 16/3/2009, p. 13, adaptado)

Sobre a proposta de financiar as universidades por meio da Lei de Incentivos Fiscais, depreende-se do texto acima que

a) não está claro qual é o verdadeiro propósito de tal proposta e não vai ser fácil descobrir que interesses estão por trás dessa ideia.
b) os que não foram avisados da proposta buscam uma forma de salvar as universidades públicas do Brasil.
c) os que tomaram conhecimento da proposta duvidam das motivações escusas da política cultural vigente.
d) há o temor de que as deduções dos tributos sejam desviadas para outras finalidades que não o financiamento das universidades.
e) a renúncia fiscal vai fortalecer as pesquisas voltadas à privatização do ensino superior.


COMENTÁRIOS

O que me chamou atenção nesta prova foi a perceptível atualização da ESAF com a REFORMA ORTOGRÁFICA. Note que o ditongo aberto EI ("IDEIA" na letra A) não está mais acentuado.

Antes de tudo, de quem é o texto e de que se trata?
Leia a fonte.

Jorge Antunes, “O financiamento das universidades e a tramóia dos privatistas”. Correio Braziliense, 16/3/2009, p. 13, adaptado

Já dá para termos, pelo menos, uma base. Não é verdade?

Quanto à questão, atentemos para o que se pede:

"Sobre a proposta de financiar as universidades por meio da Lei de Incentivos Fiscais..."

LETRA A - item a marcar.

a) não está claro qual é o verdadeiro propósito de tal proposta e não vai ser fácil descobrir que interesses estão por trás dessa ideia.

A partir do texto:

“Fica difícil decifrar o que está por trás desse projeto”

Perceba, agora, a dúvida de fato a respeito dessa proposta:

“a TRAMA (grifo nosso) pode estar envolta em ingenuidade e boa-fé, mas pode também ser fruto de estratégias voltadas à privatização total e definitiva do ensino superior, cada vez mais tratado como mercadoria”.

Após, a leitura desses dois fragmentos, leia a opção A e confirme.


LETRA B

b) os que não foram avisados da proposta buscam uma forma de salvar as universidades públicas do Brasil.

Na verdade, “os desavisados”, isto é, aqueles que não têm visão desconfiada dessa proposta, a princípio, tão “benéfica” vêem esse projeto como “idéia brilhante que salvaria a pesquisa e o ensino superior do Brasil”.

Não se pode dizer, entretanto, que os “desavisados” buscam reerguer o ensino superior.

Para eles, esse projeto seria a única saída de “salvação” para o ensino superior brasileiro.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA C

c) os que tomaram conhecimento da proposta duvidam das motivações escusas da política cultural vigente.

“Aos conhecedores das motivações escusas da política cultural vigente...” ou seja, aqueles que vêem numa proposta como essa, “benéfica”, “generosa”, um artifício ardiloso para interesses próprios: a possível privatização do ensino superior.

Eles não “duvidam das motivações escusas”, eles já “conhecem”, “percebem” interesses escamoteados por trás dessa proposta.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA D

d) há o temor de que as deduções dos tributos sejam desviadas para outras finalidades que não o financiamento das universidades.

“DEDUÇÕES” aqui tem o sentido de “subtração, “diminuição”, “abatimento”.

Na verdade, para os “conhecedores”, existe nessa proposta uma grande jogada de interesse, uma vez que ficam isentos de tributos os empresários que destinam seus impostos a atividades culturais e esportivas para as universidades públicas do Brasil. Com isso, além dessa isenção, há o financiamento de dinheiro privado a instituições públicas, o que facilita potencialmente uma possível privatização dessas organizações educacionais.

Isso não se refere a “desvio de verbas”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA E

e) a renúncia fiscal vai fortalecer as pesquisas voltadas à privatização do ensino superior.

Em nenhum momento o texto refere-se a “pesquisas voltadas à privatização do ensino superior”.

CONCLUSÃO: não marcar.


03- O exame da linguagem corrente hoje no Brasil constata uma curiosa oposição entre os termos sociedade e social. Isso ocorre, em particular, no seu uso por parte de empresários, políticos e jornalistas – para começarmos por uma caracterização profissional. Mas também sucede, para passarmos a uma determinação política, que, porém, se sobrepõe à primeira, por parte dos setores mais à direita. Estes últimos anos, no discurso dos governantes ou no dos economistas, “a sociedade” veio a designar o conjunto dos que detêm o poder econômico, ao passo que “social” remete, na fala dos mesmos governantes ou dos publicistas, a uma política que procura minorar a miséria.
(Renato Janine, em: http://www.renatojanine.pro.br/Livros/asociedade.html)

A compreensão correta da oposição apresentada no texto acima cria correlação com o par opositivo:

a) a elite econômica e as classes pobres
b) categorias profissionais e categorias empresariais
c) o discurso dos governantes e o discurso dos publicistas
d) uma política dos setores direitistas e uma política de oposição ao governo
e) as classes dominantes e o conjunto dos detentores do poder econômico

COMENTÁRIOS

O texto deixa claro uma oposição entre “sociedade” e “social”, conceitos estes em oposição por parte de empresários, políticos e jornalistas.

“Sociedade”, nos discursos dos governantes ou no dos economistas, designa o conjunto dos que detêm o poder econômico.

“Social”, por outro lado, conforme os mesmos governantes ou publicistas, é uma política que procura diminuir a miséria.

Ora, em outras palavras, “o conjunto daqueles que detêm o poder econômico” alude à ELITE ECONÔMICA. E “política que procura minorar a miséria” é uma metáfora para CLASSES POBRES.

CONCLUSÃO: LETRA A

04- Assinale a opção que apresenta continuação coesa e coerente para o texto a seguir.

A Embraer é um dos orgulhos da indústria brasileira. Resultado da conjugação de esforços de desenvolvimento tecnológico de centros de pesquisas que receberam apoio decisivo da Aeronáutica, a empresa ganhou forte impulso quando passou a ser gerida como companhia privada. É visível a contribuição desse crescimento da Embraer para a transformação da região que vai de Taubaté a São José dos Campos, no trecho paulista do Vale do Paraíba. A Embraer disputa nada menos com um grande grupo canadense (Bombardier) a posição de terceira maior fabricante de aviões comerciais. Seus jatos de 50 a 90 lugares estão em todas as partes do mundo, e a carteira de aviões executivos segue nessa mesma direção. (O Globo, Editorial, 3/3/2009)

a) Se algo pode ser feito para minimizar esses problemas da Embraer é viabilizar, com condições adequadas, um aumento de encomendas de aviões pelas companhias aéreas nacionais que hoje acham mais vantajoso compor suas frotas com aeronaves de maior porte importadas.
b) Contanto que, em face das características da aviação comercial brasileira, cujo movimento se concentra entre as maiores capitais do país, a Embraer teve de se voltar essencialmente para a exportação, da qual obtém cerca de 90% de suas receitas.
c) O impacto social dessa iniciativa para toda essa região mencionada é de fato preocupante, embora, como se trata de mão-de-obra qualificada, a possibilidade de recontratação ou recolocação em outras indústrias é considerável.
d) Como a legislação trabalhista brasileira é anacrônica, presta-se a interpretações confusas, e não por acaso que isso seja apontado como um dos inibidores da criação de empregos formais no Brasil.
e) Entretanto, não é possível deixar de tratar a Embraer como uma empresa que precisa investir permanentemente grandes somas de capital para se manter afinada com o avanço tecnológico, o que só é possível se a companhia continuar lucrativa.


COMENTÁRIOS

O texto comenta sobre a empresa brasileira EMBRAER, orgulho da indústria brasileira, por disputar a posição de terceira maior fabricante de aviões comerciais nada menos com a BOMBARDIER, grande grupo canadense. Isso se deveu à união de esforços de desenvolvimento tecnológico de centros de pesquisa que receberam apoio categórico da Aeronáutica. Por outro lado, a empresa ganhou forte impulso assim que passou a ser administrada como companhia privada.

LETRA A

a) Se algo pode ser feito para minimizar esses problemas da Embraer é viabilizar, com condições adequadas, um aumento de encomendas de aviões pelas companhias aéreas nacionais que hoje acham mais vantajoso compor suas frotas com aeronaves de maior porte importadas.

A partir da primeira linha, encontramos um erro textual relativo à coesão. Afinal, a que se refere o grupo nominal “esses problemas da EMBRAER”?

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA B

b) Contanto que, em face das características da aviação comercial brasileira, cujo movimento se concentra entre as maiores capitais do país, a Embraer teve de se voltar essencialmente para a exportação, da qual obtém cerca de 90% de suas receitas.

O modalizador discursivo-argumentativo “contanto que” marca CONDIÇÃO.

Agora, vamos tentar encaixar esse item às últimas linhas do nosso texto.

“Seus jatos de 50 a 90 lugares estão em todas as partes do mundo, e a carteira de aviões executivos segue nessa mesma direção”. Contanto que, em face das características da aviação comercial brasileira, cujo movimento se concentra entre as maiores capitais do país, a Embraer teve de se voltar essencialmente para a exportação, da qual obtém cerca de 90% de suas receitas.

Consideremos coerente?

Nem um pouco.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA C

c) O impacto social dessa iniciativa para toda essa região mencionada é de fato preocupante, embora, como se trata de mão-de-obra qualificada, a possibilidade de recontratação ou recolocação em outras indústrias é considerável.

Houve aqui a perda da idéia principal. Nesse item, há fuga do tema (tese) para aspectos marginais ao texto. Por exemplo, “o impacto social...”, “mão-de-obra qualificada”, “recontratação ou recolocação em outras indústrias”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA D

d) Como a legislação trabalhista brasileira é anacrônica, presta-se a interpretações confusas, e não por acaso que isso seja apontado como um dos inibidores da criação de empregos formais no Brasil.

Novamente há fuga para aspectos marginais, ou melhor, nesse caso do item D, especialmente, não encontramos nenhuma relação do texto com “legislação trabalhista brasileira”, “(...) criação de empregos formais...”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA E – item a marcar.

e) Entretanto, não é possível deixar de tratar a Embraer como uma empresa que precisa investir permanentemente grandes somas de capital para se manter afinada com o avanço tecnológico, o que só é possível se a companhia continuar lucrativa.

Em nosso texto, existe um diálogo entre suas partes. Veja:

É visível a contribuição desse crescimento da Embraer...

O grupo nominal “contribuição desse crescimento” refere-se às idéias anteriores “conjugação de esforços de desenvolvimento tecnológico”, “a empresa ganhou forte impulso quando passou a ser gerida como companhia privada”.

As últimas idéias do texto são “conseqüências” positivas da EMBRAER no cenário mundial.
O item E, por sua vez, estabelece um diálogo perfeitamente coerente e coeso com esse conteúdo. Perceba o modalizador discursivo “entretanto”, que marca concessão, oposição ao que se diz anteriormente.

Fazendo, então, um encaixe, teríamos:

“Conseqüência” das investidas:

[ “A Embraer disputa nada menos com um grande grupo canadense (Bombardier) a posição de terceira maior fabricante de aviões comerciais. Seus jatos de 50 a 90 lugares estão em todas as partes do mundo, e a carteira de aviões executivos segue nessa mesma direção.]

Contraposição:

[ Entretanto, não é possível deixar de tratar a Embraer como uma empresa que precisa investir permanentemente grandes somas de capital para se manter afinada com o avanço tecnológico, o que só é possível se a companhia continuar lucrativa”. ]


05- Assinale a opção que continua de forma coesa e coerente o trecho a seguir.

A recessão poderá terminar neste ano ainda, se for restaurada alguma estabilidade no sistema financeiro. Nesse caso, 2010 será um ano de recuperação. A previsão, a mais otimista desde o início do ano, foi apresentada no Senado pelo presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve, Fed), o economista Ben Bernanke. Quando a maior parte dos analistas se mostra insegura quanto à duração da crise, a indicação de um prazo relativamente curto para o início da retomada é animadora. Mas o otimismo é sujeito a uma condição importante e nada fácil de se cumprir.
(O Estado de S. Paulo, 26/2/2009)

a) Há dúvidas se o governo deverá estatizar algumas instituições temporariamente ─ ideia rejeitada por Bernanke, que admite, apenas, a participação minoritária do governo no capital dos bancos ─ e o trabalho de reabilitação está apenas no começo.
b) A economia só voltará a funcionar razoavelmente quando a arrumação do sistema financeiro der algum resultado. Isso dependerá não só de uma regulamentação mais severa do mercado, mas também, e preliminarmente, da recapitalização dos grandes bancos.
c) Essa restrição apontada por Bernanke não é uma novidade. Foi apontada por vários economistas e governantes, incluído o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, empenhado em justificar a ajuda aos bancos em seu país.
d) Mas é uma lembrança oportuna, quando o governo americano se dispõe a pôr em prática o pacote de
estímulo fiscal de US$ 787 bilhões aprovado neste mês pelo Congresso. Depois de haver trabalhado
muito pela aprovação dessa proposta, o presidente Barack Obama ainda tem de se esforçar para transmitir algum entusiasmo aos políticos, empresários e consumidores.
e) Foi esse, aparentemente, o objetivo central do presidente em seu primeiro discurso ao Congresso a respeito do Estado da União. Ele voltou a descrever os problemas da economia americana, mas apontou
também as possibilidades de reativação e as inovações políticas contidas no pacote.


COMENTÁRIOS

A tese do texto se encontra nas primeiras linhas: A recessão poderá terminar neste ano ainda, se for restaurada alguma estabilidade no sistema financeiro. Nesse caso, 2010 será um ano de recuperação.

Trata-se, portanto, da crise econômica mundial e previsão de fim, esta somente obtida pela estabilidade no sistema financeiro.

LETRA A

a) Há dúvidas se o governo deverá estatizar algumas instituições temporariamente ─ ideia rejeitada por Bernanke, que admite, apenas, a participação minoritária do governo no capital dos bancos ─ e o trabalho de reabilitação está apenas no começo.

A inferência de “estatização” parece-nos distante. Em nenhum momento o texto transparece tal idéia.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA B – item a marcar.

b) A economia só voltará a funcionar razoavelmente quando a arrumação do sistema financeiro der algum resultado. Isso dependerá não só de uma regulamentação mais severa do mercado, mas também, e preliminarmente, da recapitalização dos grandes bancos.

Não só é só coeso como também é coerente.
Coeso por relacionar-se com “estabilidade no sistema financeiro”.
Coerente, pois as idéias subjacentes ao texto ancoram, sobretudo, em “crise econômica mundial”.

LETRA C

c) Essa restrição apontada por Bernanke não é uma novidade. Foi apontada por vários economistas e governantes, incluído o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, empenhado em justificar a ajuda aos bancos em seu país.

Qual seria a verdadeira restrição para a restauração da estabilidade do sistema financeiro?

No texto original, sabe-se a se refere tal restrição: “a recuperação econômica não virá antes da normalização dos bancos”.

O texto na íntegra está aqui:

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090226/not_imp329870,0.php

Entretanto, a partir das informações do texto, não há respostas convincentes.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA D

d) Mas é uma lembrança oportuna, quando o governo americano se dispõe a pôr em prática o pacote de estímulo fiscal de US$ 787 bilhões aprovado neste mês pelo Congresso. Depois de haver trabalhado muito pela aprovação dessa proposta, o presidente Barack Obama ainda tem de se esforçar para transmitir algum entusiasmo aos políticos, empresários e consumidores.

A marca de oposição do modalizador MAS não torna esse item coeso com as últimas idéias do texto. E também não mantém coerência.

Veja:

Mas o otimismo é sujeito a uma condição importante e nada fácil de se cumprir. Mas é uma lembrança oportuna, quando o governo americano se dispõe a pôr em prática o pacote de estímulo fiscal de US$ 787 bilhões aprovado neste mês pelo Congresso. Depois de haver trabalhado muito pela aprovação dessa proposta, o presidente Barack Obama ainda tem de se esforçar para transmitir algum entusiasmo aos políticos, empresários e consumidores”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA E

e) Foi esse, aparentemente, o objetivo central do presidente em seu primeiro discurso ao Congresso a respeito do Estado da União. Ele voltou a descrever os problemas da economia americana, mas apontou também as possibilidades de reativação e as inovações políticas contidas no pacote.

Bem, o grupo nominal responsável pela coesão textual “esse (...) o objetivo central do presidente...” não deixa claro a quem se refere. Qual foi o objetivo? E mais: “CONGRESSO”.

Ora, esse item E estabelece diálogo com o item D!

Em relação ao presidente Barack Obama e seu entusiasmo aos políticos, empresários e consumidores.

CONCLUSÃO: não marcar.

06- Em relação ao texto assinale a opção correta.

01 A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal Federal uma súmula
02 vinculante que discipline o uso do segredo de Justiça, prerrogativa que tem
03 sido utilizada por juízes nem sempre em defesa do interesse público, mas,
04 em alguns casos, na proteção a suspeitos de falcatruas. A legislação
05 brasileira diz que o instrumento só pode ser decretado em dois casos
06 excepcionais previstos: um, quando há risco de exposição pública de
07 questões privadas do investigado ou réu, como relacionamentos amorosos e
08 doenças; e, outro, quando o processo contém documentos sigilosos, como
09 extratos bancários ou escutas telefônicas. Mas, na prática, tem sido
10 diferente: por motivos nem sempre claros, especialmente em processos que
11 envolvem autoridades, alguns juízes privam a sociedade de saber a
12 verdade. Os atos públicos, em especial os que envolvem procedimentos
13 judiciais, têm como regra básica a transparência, a publicidade sem
14 restrições e o acesso dos cidadãos. O contrário – ou seja, o sigilo – é
15 sempre a exceção.
(Zero Hora, 27/2/2009)

a) O emprego do subjuntivo em “discipline”(ℓ.2) justifica-se por se tratar de uma informação categórica, de uma afirmação indiscutível.
b) A palavra “falcatruas”(ℓ.4) está sendo empregada com o sentido de ações honestas e confere ao texto um traço de formalidade.
c) A expressão “o instrumento”(ℓ.5) retoma o antecedente “defesa do interesse público”(ℓ.3).
d) O sinal de dois-pontos após “previstos”(ℓ.6) justifica-se por marcar a introdução de um diálogo.
e) A forma verbal “têm”(ℓ.13) está no plural porque concorda com “Os atos públicos”(ℓ.12).


COMENTÁRIOS

LETRA A

a) O emprego do subjuntivo em “discipline”(ℓ.2) justifica-se por se tratar de uma informação categórica, de uma afirmação indiscutível.

Vamos ao texto:

“A OAB nacional está pedindo ao Supremo Tribunal Federal uma súmula vinculante que discipline o uso do segredo de Justiça...”

Neste caso, o presente do subjuntivo exprime possibilidade, vontade, desejo, ação não concretizada, mas que se espera realizar.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA B

b) A palavra “falcatruas”(ℓ.4) está sendo empregada com o sentido de ações honestas e confere ao texto um traço de formalidade.

Sem contexto, “falcatrua” significa “instrumento para burlar” e no contexto designa exatamente isso.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA C

c) A expressão “o instrumento”(ℓ.5) retoma o antecedente “defesa do interesse público”(ℓ.3).

O grupo nominal “o instrumento” tem como referente “segredo de justiça”.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA D

d) O sinal de dois-pontos após “previstos”(ℓ.6) justifica-se por marcar a introdução de um diálogo.

O sinal de dois-pontos é utilizado em três casos:

a)citação;
b)enumeração;
c)esclarecimento, explicação;

Ao texto:

"A legislação brasileira diz que o instrumento só pode ser decretado em dois casos excepcionais previstos: um, quando há risco de exposição pública de questões privadas do investigado ou réu, como relacionamentos amorosos e doenças; e, outro, quando o processo contém documentos sigilosos, como extratos bancários ou escutas telefônicas".

Neste caso, está sendo utilizado para uma enumeração.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA E – item a marcar

e) A forma verbal “têm”(ℓ.13) está no plural porque concorda com “Os atos públicos”(ℓ.12).

Retomando o texto, temos:

Os atos públicos, em especial os que envolvem procedimentos judiciais, têm como regra básica...”

Alguma dúvida? Espero que não.


07- Assinale a opção que está incorreta em relação às estruturas linguísticas do texto a seguir.

01 O presidente Barack Obama pode ver frustradas todas as suas políticas, mas
02 já se sabe que pelo menos ele tentou seriamente pô-las em prática. O
03 orçamento apresentado pela nova administração chamou a atenção por vários
04 fatores pouco comuns no cotidiano do jogo de poder americano. O mais
05 importante deles é algo simples: o presidente está empenhado em cumprir
06 suas promessas de campanha. As conseqüências desse fato são igualmente
07 relevantes. Obama quer acabar com a era do perdão de impostos para os mais
08 ricos, que produziu nos últimos anos de explosão do crescimento econômico e
09 de hipertrofia do sistema financeiro uma migração da renda da nação para os
10 milionários. O sistema de saúde americano é parte desse problema, e
11 impostos maiores para os ricos levarão dinheiro para a tentativa de se
12 estabelecer uma cobertura mais ampla e mais equitativa. Se não fosse pouco
13 tentar metas tão ambiciosas, Obama acrescentou ao orçamento a intenção de
14 cobrar imposto sobre as empresas que mais poluem, a criação de um esquema
15 para o comércio de carbono e o investimento de bilhões de dólares em
16 energias alternativas.
(Valor Econômico, 3/3/2009)


a) Em “pô-las”(ℓ .2-3), o pronome “-las” retoma o antecedente “todas as suas políticas”(ℓ.1).
b) Em “O mais importante deles”(ℓ.4-5), “deles” se refere ao antecedente “fatores”(ℓ.4).
c) Em “As conseqüências desse fato”(ℓ.6), a expressão “desse fato” retoma o antecedente “o presidente está empenhado em cumprir suas promessas de campanha”(ℓ.5-6).
d) A expressão “desse problema”(ℓ.10) se refere à seguinte informação antecedente: “explosão do crescimento econômico”(ℓ.8).
e) A expressão “metas tão ambiciosas”(ℓ.13) retoma e comenta informações apresentadas nos períodos anteriores.


COMENTÁRIOS

Mais uma vez temos um texto em que trabalharemos suas estruturas lingüísticas. Especificamente, o conteúdo aqui abordado é coesão textual: referência textual.

Muito bem, mãos à obra!

LETRA A

a) Em “pô-las”(ℓ .2-3), o pronome “-las” retoma o antecedente “todas as suas políticas”(ℓ.1).

Ao texto:

O presidente Barack Obama pode ver frustradas todas as suas políticas, mas já se sabe que pelo menos ele tentou seriamente pô-las em prática.

LETRA B

b) Em “O mais importante deles”(ℓ.4-5), “deles” se refere ao antecedente “fatores”(ℓ.4).

“(...) chamou a atenção por vários fatores pouco comuns no cotidiano do jogo de poder americano. O mais importante deles é...”

LETRA C

c) Em “As conseqüências desse fato”(ℓ.6), a expressão “desse fato” retoma o antecedente “o presidente está empenhado em cumprir suas promessas de campanha”(ℓ.5-6).

“(...) o presidente está empenhado em cumprir suas promessas de campanha. As conseqüências desse fato são igualmente relevantes”.

LETRA D – item a marcar.

d) A expressão “desse problema”(ℓ.10) se refere à seguinte informação antecedente: “explosão do crescimento econômico”(ℓ.8).

“(...) quer acabar com a era do perdão de impostos para os mais ricos, que produziu nos últimos anos de explosão do crescimento econômico e de hipertrofia do sistema financeiro uma migração da renda da nação para os milionários. O sistema de saúde americano é parte desse problema,...”

LETRA E

e) A expressão “metas tão ambiciosas”(ℓ.13) retoma e comenta informações apresentadas nos períodos anteriores.

“o presidente está empenhado em cumprir suas promessas de campanha”.

“Obama quer acabar com a era do perdão de impostos para os mais ricos,”

“e impostos maiores para os ricos levarão dinheiro para a tentativa de se estabelecer uma cobertura mais ampla e mais equitativa”

08- Assinale a proposição correta, quanto aos elementos lingüísticos e semânticos do texto.

Feliz aniversário, Darwin!

01 Charles Darwin completaria hoje 200 anos, não fosse pela seleção natural.
02 Ela, afinal, é a maior responsável pelo barroco processo de desenvolvimento
03 que leva os organismos complexos inexoravelmente à morte – conceito que não
04 e aplica muito a bactérias e arqueobactérias, seres que se reproduzem
05 gerando clones de si próprios, partilham identidades com a transferência
06 horizontal de genes e podem ficar milênios em vida suspensa (no gelo, por
07 exemplo). A contribuição de Darwin para a ciência e para a história,
08 porém, continua viva, e muito viva, exatamente com a ideia de seleção
09 natural. Só por isso ele já merece os parabéns. Feliz aniversário, Darwin.
10 (Marcelo Leite, em http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08)


a) A forma verbal “completaria”(ℓ.1) se refere a uma ação que vai ocorrer no futuro, a menos que acontecimentos no tempo presente o impeçam.
b) “Inexoravelmente”(ℓ.3) é advérbio derivado de inexorável, adjetivo que significa: inadvertido.
c) A palavra “conceito”(ℓ.3) se refere à expressão: organismos complexos.
d) É o mesmo o sujeito gramatical dos verbos: reproduzem, gerando e partilham (ℓ.4-5).
e) O conetivo adversativo “porém”(ℓ.8) se opõe, no contexto, à ideia de que a contribuição de Darwin para a história e para a ciência foi pequena.


COMENTÁRIOS

LETRA A

a) A forma verbal “completaria”(ℓ.1) se refere a uma ação que vai ocorrer no futuro, a menos que acontecimentos no tempo presente o impeçam.

Existem dois tipos de futuro no português:

1° - Relacionado a uma ação posterior ao momento da fala (presente): FUTURO DO PRESENTE.

2° - Para exprimir possibilidade de um fato passado (pretérito): FUTURO DO PRETÉRITO.

No caso da LETRA A, o emprego do FUTURO DO PRETÉRITO “completaria” (a forma verbal terminado em –RIA) exprime o 2° conceito.

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA B

b) “Inexoravelmente”(ℓ.3) é advérbio derivado de inexorável, adjetivo que significa: inadvertido.

Falso. INEXORÁVEL significa IMPLACÁVEL, RÍGIDO.

CONCLUSÃO: não marcar.

DETALHE IMPORTANTE: a letra X equivale ao fonema /z/, e não ao /ks/, como muitos pensam.

Logo: [inezo’ravel]


LETRA C

c) A palavra “conceito”(ℓ.3) se refere à expressão: organismos complexos.

“Ela (seleção natural), afinal, é a maior responsável pelo barroco processo de desenvolvimento que leva os organismos complexos inexoravelmente à morte – conceito que não se aplica muito a bactérias...”

CONCLUSÃO: não marcar.

LETRA D – item a marcar.

d) É o mesmo o sujeito gramatical dos verbos: reproduzem, gerando e partilham (ℓ.4-5).

“...seres (bactérias e arqueobactérias) que se reproduzem gerando clones de si próprios, partilham identidades com...”

LETRA E

e) O conetivo adversativo “porém”(ℓ.8) se opõe, no contexto, à ideia de que a contribuição de Darwin para a história e para a ciência foi pequena.

Falso. Opõe-se, no contexto, à ideia de que a contribuição de Darwin para a história e para a ciência ainda continua viva, em oposição aos que pensam o contrário, em função do tempo.

O texto a seguir é base para as questões 9 e 10.

01 Sem uma pesquisa sistemática sobre o assunto, parece, à primeira vista, que
02 os jornais cariocas são mais prolíficos em notícias de crime do que os
03 paulistas. É alarmante a escalada da anomia em seu território. Em menos de
04 uma semana, invadiram-se duas instalações militares para roubar armas, com
05 êxito absoluto. Os tiroteios são cotidianos nas vias de acesso ao centro
06 urbano e mesmo nesse centro, onde quadrilhas organizam “bondes” para tomar
07 de assalto pedestres e motoristas. Nem mesmo membros das famigeradas
08 “milícias” estão inteiramente a salvo: na semana passada, roubou-se a moto
09 de um miliciano encarregado de vigiar uma rua num subúrbio. Ou seja, as
10 quadrilhas vitimizam-se mutuamente, do mesmo modo como costuma acontecer com
11 as batalhas pelo controle de pontos de droga.

9- Assinale a proposição falsa a respeito do vocabulário do texto.

a) O adjetivo “prolíficos”(ℓ.2) quer dizer: que produzem ou geram muito.
b) O termo “anomia”(ℓ.3), no contexto, significa: ausência de leis, situação em que não se reconhecem regras de conduta.
c) O termo “bondes”(ℓ. 6), no contexto, está sendo empregado no sentido de “veículo de transporte coletivo urbano e suburbano, que se move sobre trilhos”.
d) A expressão “tomar de assalto”(ℓ.6-7) tem mais força semântica que “assaltar”.
e) O adjetivo “famigeradas”(ℓ.7) se aplica também a pessoas “famosas, célebres, muito conhecidas”, como em: famigeradas atrizes das telenovelas brasileiras.

COMENTÁRIOS

LETRA A

a) O adjetivo “prolíficos”(ℓ.2) quer dizer: que produzem ou geram muito.

Sim, tanto fora do contexto quanto, neste caso, dentro.

LETRA B

b) O termo “anomia”(ℓ.3), no contexto, significa: ausência de leis, situação em que não se reconhecem regras de conduta.

Sim, tanto fora do contexto, quanto dentro é essa realmente a designação.

LETRA C – item a marcar.

c) O termo “bondes”(ℓ.6), no contexto, está sendo empregado no sentido de “veículo de transporte coletivo urbano e suburbano, que se move sobre trilhos”.

Ao texto:

“Os tiroteios são cotidianos nas vias de acesso ao centro urbano e mesmo nesse centro, onde quadrilhas organizam “bondes” para tomar de assalto pedestres e motoristas”.

O sentido de “bonde” no item C é dicionarizado, isto é, literal, denotativo, o que não condiz com o texto.

O sentido de “bonde” como está no contexto sugere “arrastão”.

LETRA D

d) A expressão “tomar de assalto”(ℓ.6-7) tem mais força semântica que “assaltar”.

Essa expressão “tomar de” é muito utilizada no jargão policial e reforça a ideia do substantivo “assalto”.

LETRA E

e) O adjetivo “famigeradas”(ℓ.7) se aplica também a pessoas “famosas, célebres, muito conhecidas”, como em: famigeradas atrizes das telenovelas brasileiras.

Sim, é exatamente esse o sentido empregado no texto.

10- Assinale a afirmação falsa a respeito dos elementos linguísticos do texto.

a) “Invadiram-se duas instalações militares”(ℓ.4) pode ser substituída por: “duas instalações militares foram invadidas”, sem prejuízo da correção gramatical.
b) Entende-se um predicado oculto em: Os tiroteios são cotidianos nas vias de acesso ao centro urbano e [são cotidianos] mesmo nesse centro...
c) A expressão “Nem mesmo”(ℓ.7) pode ser substituída por “Até mesmo”, sem prejuízo do significado do texto.
d) O autor evita afirmar com plena certeza que os jornais cariocas são mais prolíficos em notícias de crime do que os paulistas.
e) O advérbio “mutuamente”(ℓ.10) significa: reciprocamente.


COMENTÁRIOS

LETRA A

a) “Invadiram-se duas instalações militares”(ℓ.4) pode ser substituída por: “duas instalações militares foram invadidas”, sem prejuízo da correção gramatical.

Correto. A construção feita com o pronome SE está na VOZ PASSIVA SINTÉTICA que virou PASSIVA ANALÍTICA.

LETRA B

b) Entende-se um predicado oculto em: Os tiroteios são cotidianos nas vias de acesso ao centro urbano e [são cotidianos] mesmo nesse centro...

Correto. A coordenação estabelecida pelo conector E é responsável por isso.

LETRA C – item a marcar.

c) A expressão “Nem mesmo”(ℓ.7) pode ser substituída por “Até mesmo”, sem prejuízo do significado do texto.

Nem mesmo membros das famigeradas “milícias” estão inteiramente a salvo:”

Se trocarmos a expressão NEM MESMO por ATÉ MESMO, no contexto, verificamos sim mudança semântica.

Note:

“Até mesmo membros das famigeradas “milícias” estão inteiramente a salvo”.

Nessa construção, os milicianos estão a salvo, o que não condiz com a ideia original do texto, pela qual as famigeradas milícias NÃO estão a salvo.

Vejamos estas construções:

1. “Nem (mesmo) Chico Bento sobreviveu”. IDEIA DE INCLUSÃO NEGATIVA.

2. “Até (mesmo) Chico Bento sobreviveu”. IDEIA DE INCLUSÃO.

A expressão “Nem mesmo” exprime inclusão negativa. Para ficar com o mesmo sentido que esta, a expressão teria de ser “até mesmo...não”, para incluir a partícula de negação.

1.Nem (mesmo) Chico Bento sobreviveu.
2.Até (mesmo) Chico Bento não sobreviveu.


Veja:

“Nem mesmo membros das famigeradas “milícias” estão inteiramente a salvo:”

“Até mesmo membros das famigeradas “milícias” NÃO estão inteiramente a salvo:”

LETRA D

d) O autor evita afirmar com plena certeza que os jornais cariocas são mais prolíficos em notícias de crime do que os paulistas.

Correto. Veja nesta passagem:

“Sem uma pesquisa sistemática sobre o assunto, parece, à primeira vista, que os jornais cariocas são mais prolíficos em notícias de crime do que os paulistas”.

O verbo PARECER indica aparência, um juízo aparente, logo não confirma nada.

LETRA E

e) O advérbio “mutuamente”(ℓ.10) significa: reciprocamente.

Sim, derivado do adjetivo MÚTUO, que significa “recíproco”.


11- Em relação ao texto, assinale a opção incorreta.

01 Os mercados financeiros entraram em março assombrados pelo maior prejuízo
02 trimestral da história corporativa dos Estados Unidos – a perda de US$ 61,7
03 bilhões contabilizada pela seguradora American International Group (AIG) no
04 quarto trimestre de 2008. No ano, o prejuízo chegou a US$ 99,3 bilhões. O
05 Tesouro americano anunciou a disposição de injetar mais US$ 30 bilhões na
06 seguradora, já socorrida em setembro com dinheiro do contribuinte. Na
07 Europa, a notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do lucro anual
08 do Banco HSBC, de US$ 19,1 bilhões para US$ 5,7 bilhões. Enquanto suas
09 ações caíam 15%, o banco informava o fechamento das operações de
10 financiamento ao consumidor nos Estados Unidos, com dispensa de 6.100
11 funcionários. Com demissões de milhares e perdas de bilhões dominando o
12 noticiário de negócios no dia a dia, os sinais de reativação da economia
13 mundial continuam fora do radar. E isso não é o pior. No fim do ano passado,
14 havia a esperança de se iniciar 2009 com a crise financeira contida. Se
15 isso tivesse acontecido, os governos poderiam concentrar-se no combate à
16 retração econômica e ao desemprego. Aquela esperança foi logo desfeita.
(O Estado de S. Paulo,3/3/2009)

a) O travessão após “Estados Unidos” (ℓ.2) pode ser substituído por sinal de dois-pontos sem prejuízo para a correção gramatical do período.
b) Preservam-se a correção gramatical do período e a informação original se a expressão “já socorrida”(ℓ.6) for substituída por que já tinha sido socorrida.
c) O emprego de vírgula após “Europa”(ℓ.6-7) justifica-se porque isola adjunto adverbial de lugar no início do período.
d) Em “concentrar-se”(l.15), o “-se” indica sujeito indeterminado.
e) A presença de preposição em “ao desemprego”(ℓ.16) justifica-se pela regência de “combate”.


COMENTÁRIOS

LETRA A

a) O travessão após “Estados Unidos” (ℓ.2) pode ser substituído por sinal de dois-pontos sem prejuízo para a correção gramatical do período.

Correto. Neste caso, o travessão tem a mesma função que os dois-pontos: esclarecimento.

“Os mercados financeiros entraram em março assombrados pelo maior prejuízo trimestral da história corporativa dos Estados Unidosa perda de US$ 61,7 bilhões contabilizada pela seguradora American International Group (AIG) no quarto trimestre de 2008”

Qual foi o “maior prejuízo...”?

RESPOSTA: a perda de...

Então, essa expressão após os dois-pontos é esclarecedora.

LETRA B

b) Preservam-se a correção gramatical do período e a informação original se a expressão “já socorrida”(ℓ.6) for substituída por que já tinha sido socorrida.

Correto. A forma participial (de particípio) tem natureza passiva.

Veja:

1. O garoto MORDIDO pela cobra foi levado às pressas ao hospital.
2. Foi ensurdecedor o hino CANTADO pela torcida.

Essas formas podem expandir-se em oração desenvolvida.

1.O garoto QUE FOI MORDIDO pela cobra foi levado às pressas ao hospital.
2.Foi ensurdecedor o hino QUE FOI CANTADO pela torcida.

Vamos ao texto:

“O Tesouro americano anunciou a disposição de injetar mais US$ 30 bilhões na seguradora,
socorrida (que já tinha sido socorrida) em setembro com dinheiro do contribuinte”.

Item correto.

LETRA C

c) O emprego de vírgula após “Europa”(ℓ.6-7) justifica-se porque isola adjunto adverbial de lugar no início do período.

Neste caso, é a única explicação para o emprego da vírgula.

Na Europa, a notícia ruim para as bolsas foi a redução de 70% do lucro anual do Banco HSBC, de...”



LETRA D – item a marcar.

d) Em “concentrar-se”(ℓ. 15), o “-se” indica sujeito indeterminado.

“Se isso tivesse acontecido, os governos poderiam concentrar-se no combate à...”

Não, não, não. O sujeito é simples e claro: OS GOVERNOS. Perceba a concordância do auxiliar “poder”. Na verdade, esse SE é uma parte integrante do verbo ou pronome fossilizado, sem função sintática.

LETRA E

e) A presença de preposição em “ao desemprego”(ℓ.16) justifica-se pela regência de “combate”.

Certamente. O COMBATE a algo. O regência do nome “combate” exige preposição a.

“poderiam concentrar-se no combate à (a + a) retração econômica e ao (a + o) desemprego...”


12- Assinale o trecho adaptado do Jornal do Comercio (PE), 1/3/2009, que apresenta erro gramatical.

a) Um dos piores resultados do descaso de sucessivos governos do pós-guerra com a rede de transportes do País é a deterioração da malha ferroviária brasileira, realidade que vai no sentido inverso do que ocorre nos países desenvolvidos, principalmente naqueles de dimensões continentais, como os Estados Unidos e o Canadá.
b) A perda de um horizonte de interesses nacionais levou administrações submissas às mais estranhas pressões ao sucateamento de ferrovias construídas, desde o tempo do Barão de Mauá, ao esfacelamento da tecnologia que havíamos adquirido na construção e reparos de locomotivas, vagões e das próprias estradas de ferro.
c) Jogou-se fora um patrimônio construído a duras penas por um país de pouco capital. Tudo isso se usando o argumento da modernidade. Que modernidade? Se trens, metrôs e até bondes urbanos são vistos e bem usados nas metrópoles civilizadas do mundo? Tardiamente, enfim, decidiram-se dar vez aos trens urbanos, ao metrô, quando o trânsito em nossas grandes cidades já caminhavam para o engarrafamento final.
d) O que está por trás de uma ação impatriótica típica de padrões nacionais é o lobby da indústria automobilística, que queria um compromisso quase exclusivo do governo com a construção de rodovias para a circulação de suas “carroças” (como designou Collor). Um equívoco que só prosperou em nosso País.
e) Nos EUA, pátria da indústria automobilística, nunca se sacrificou o transporte ferroviário. Ferrovias cortam o país da costa Leste à costa Oeste, do Norte ao Sul. Como acontece na Rússia, onde viaja-se de trem e carregam-se cargas de Moscou ao Extremo Oriente.

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LETRA C – item a marcar.

c) Jogou-se fora um patrimônio construído a duras penas por um país de pouco capital. Tudo isso se usando o argumento da modernidade. Que modernidade? Se trens, metrôs e até bondes urbanos são vistos e bem usados nas metrópoles civilizadas do mundo? Tardiamente, enfim, decidiram-se dar vez aos trens urbanos, ao metrô, quando o trânsito em nossas grandes cidades já caminhavam para o engarrafamento final.

O erro diz respeito à CONCORDÂNCIA VERBAL. Leia as duas últimas linhas.

Tardiamente, enfim, (1) decidiram-se dar vez aos trens urbanos, ao metrô, quando
(2) o trânsito em nossas grandes cidades já caminhavam para o engarrafamento final.

1.O certo é: decidiu-se dar vez aos trens urbanos...

O pronome SE é PARTÍCULA APASSIVADORA, logo o sujeito é o que vem após ele, isto é, a oração “dar vez aos trens urbanos...”. Com isso, o verbo DECIDIR fica no SINGULAR.

2. O certo é: o trânsito... caminhava...

PORÉM, na letra E, existe um ERRO quanto à colocação pronominal.

Como acontece na Rússia, onde viaja-se de trem...

O pronome relativo adverbial ONDE é fator de próclise, logo o pronome SE deveria estar antes do verbo VIAJAR.

É um caso de recurso.

13- Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

A chegada da crise financeira mundial __1__ pequenos municípios exibe mais uma face perversa do abalo global que já fez tremer os gigantes do crédito internacional. A população mais pobre dessas comunidades começa a pagar preço alto ao __2__ situar no lado mais fraco das contas públicas brasileiras. A desaceleração da atividade econômica já seria suficiente __3__ provocar uma expressiva perda de arrecadação em todos os níveis da administração pública. Mas __4__ um complicador a mais
para os municípios pequenos. Forçado __5__ conceder desonerações tributárias para ajudar a manutenção de empregos, o governo federal abriu mão de parte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), um dos principais formadores do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Por causa da excessiva proliferação de cidades, muitas vezes, emancipadas apenas para atender a interesses de grupos políticos locais, é imensa a quantidade de orçamentos dessas comunidades em todo o país que dependem quase __6__ exclusivamente desse fundo.
(Estado de Minas, 3/3/2009)

a) nos - o - a - o - a - que
b) por - lhe - por - existe - por - de
c) a - a - de - é - de - em
d) aos - se - para - há - a - que
e) em - o - ao - é - por - de

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LETRA D – item a marcar.

Bem, o nome CHEGADA, derivado do verbo CHEGAR, tem a mesma regência que a palavra primitiva, isto é, exige a preposição A.

CHEGAR A
CHEGADA A

Logo, o candidato ficaria entre a letra C e D. Fica claro que é a letra D o item correto.

RECURSO

14- Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.

Não levou muito tempo __1__ tese do desacoplamento das economias emergentes em relação __2__ países desenvolvidos ser destroçada, tamanha a rapidez __3__ os efeitos recessivos da paralisia do sistema globalizado de crédito, a partir da falência do Lehman Brothers, __4__ propagaram. Ali ficou claro que Brasil, China, Índia e outras economias em estágio equivalente de desenvolvimento não teriam condições de compensar o desaquecimento __5__ Estados Unidos, União Europeia e Japão.

a) para que a (1) nos (2) de que (3) he (4) dos (5)
b) da (1) a (2) para (3) a (4) pelos (5)
c) na (1) em que (2) o (3) com (4) os (5)
d) para a (1) aos (2) com que (3) se (4) nos (5)
e) pela (1) com os (2) a qual (3) os (4) em (5)


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Essa questão deverá ser anulada.

O gabarito provisório revelou que o item correto é A, o que é totalmente descabido.

Ao espaço 2 só cabe a colocação da preposição A, visto que é exigência da locução
EM RELAÇÃO A. Logo, o candidato ficaria entre a alternativa B e D, no mínimo.
Com o desenvolver da leitura, a questão CORRETA é o ITEM D.

PORTANTO, ITEM D.


15- Indique a opção que completa, com correção gramatical, os espaços do trecho abaixo.

Uma nova forma de gerenciamento chega ao mercado: a quarteirização. Ela pode ser entendida como a contratação de um executivo que administra os contratos e atividades de terceiros. Para as organizações que são abertas __1__ realidade e __2__ mudanças, que __3__ muito __4__ delegando para terceiros aquelas atividades intermediárias de sua empresa, a quarteirização é uma ótima opção.
(Adaptado de http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp040149.pdf)

a) à (1) às (2) há (3) vêm (4)
b) à (1) a (2) há (3) vem (4)
c) à (1) as (2) à (3) veem (4)
d) a (1) as (2) a (3) vem (4)
e) a (1) a (2) a (3) vêm (4)

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LETRA A – item a marcar.

Vejamos o fragmento do primeiro e segundo espaços:

“Para as organizações que são abertas __1__ realidade e __2__ mudanças,”

O que é / está ABERTO é / está ABERTO A ou PARA.

A regência do nome ABERTO exige preposição A.

Logo:

Para as organizações que são abertas à (a + a) realidade e às (a + as) mudanças...

Por eliminação, fiquemos com a letra A.


16- Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia.

A economia brasileira entrou na crise internacional em melhores condições do que(1) no passado, mas a exportação caiu, a atividade recuou desde o(2) fim de 2008 e o desemprego tem(3) crescido. As primeiras tentativas de reativar a economia por meio de facilidades fiscais deram resultado modesto, mas já(4) afetaram a arrecadação tributária. Além disso, o manejo da política orçamentária foi limitado pelo aumento de gastos com pessoal.
É preciso continuar usando os estímulos fiscais, mas com melhor planejamento e com mais esforço de contensão(5) das despesas improdutivas. (O Estado de S. Paulo, 3/3/2009)

a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5


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LETRA E – item a marcar.

Sem dúvida alguma, é este item o INCORRETO.
Essa palavra é derivada do verbo CONTER. O substantivo derivado de verbos terminados no bloco –TER, como RETER, DETER e o próprio CONTER será escrito com Ç (cê cedilhado).

Veja:

RETER – RETENÇÃO
DETER – DETENÇÃO
CONTER - CONTENÇÃO

17- Assinale o segmento do texto inteiramente correto quanto às normas da língua escrita formal.

a) O termo “quarteirização” designa um método de resolução de problemas de que a modernidade trouxe e muitas empresas ainda não se deram conta.
b) Essa estratégia possibilita aos empresários de se dedicarem apenas ao seu negócio, sua atividade-fim, deixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de uma empresa especializada.
c) A quarteirização advem da utilização das empresas já terceirizados, dos serviços profissionais e qualificados de uma quarta empresa, que desenvolverá serviços à empresa prestadora, ajudando-lhe e garantindo melhor desempenho na prestação de serviços do cliente final.
d) A quarteirização é o próximo estágio da terceirização, uma estratégia de otimização dos mercados produtores que buscam um quarto elemento da cadeia produtiva os parceiros prestadores de serviços nas áreas que não são primordiais à sua atividade.
e) Um exemplo para se entender a quarteirização e como ela funciona está na Rodoviária Tietê, na cidade de São Paulo, pertencente à prefeitura. Como essa não dispõe do conhecimento necessário para administrar a rodoviária, contrata uma empresa que subcontratará outras para o serviço de segurança, alimentação, limpeza etc.
(Adaptado de http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp040149.pdf)

COMENTÁRIOS

Com questões dessa natureza, todo cuidado é pouco. Atentemos, no entanto, para CONCORDÂNCIA VERBO-NOMINAL, REGÊNCIA VERBA, CRASE e PONTUAÇÃO.

LETRA A

a) O termo “quarteirização” designa um método de resolução de problemas de que a modernidade trouxe e muitas empresas ainda não se deram conta.

ERRO DE REGÊNCIA

A preposição DE em destaque “sobrou”. Ora, por que ela está ali? A primeira preposição DE está correta porque é exigência do nome RESOLUÇÃO, RESOLUÇÃO DE. Porém, para a segunda não há explicação de seu surgimento na oração em análise.

Elimine-se, portanto, essa preposição.

Por outro lado, atente para o verbo TRAZER (trouxe) e a expressão DAR-SE CONTA (se deram conta). Temos aqui um verbo e uma expressão de diferentes comportamentos sintáticos. Respectivamente, um exige um complemento SEM preposição e o outro COM preposição.

Veja:

Quem TRAZ TRAZ algo

X

Quem SE DAR CONTA SE DAR CONTA DE algo.

Logo, corrigindo a oração completamente:

O termo “quarteirização” designa um método de resolução de problemas que¹ a modernidade trouxe¹ e DO QUAL² muitas empresas ainda não se deram conta².

LETRA B

b) Essa estratégia possibilita aos empresários de se dedicarem apenas ao seu negócio, sua atividade-fim, deixando os diversos trâmites administrativos nas mãos de uma empresa especializada.

ERRO DE REGÊNCIA

Mais uma vez a preposição DE “sobrou”. O nome “empresários” não exige, em hipótese alguma, preposição, seja ela qual for.

Elimina-se, portanto, essa preposição.

LETRA C

c) A quarteirização advem da utilização das empresas já terceirizados, dos serviços profissionais e qualificados de uma quarta empresa, que desenvolverá serviços à empresa prestadora, ajudando-lhe e garantindo melhor desempenho na prestação de serviços do cliente final.

Aqui temos vários erros.

1. ACENTUAÇÃO GRÁFICA:

A quarteirização advém...

2. CONCORDÂNCIA NOMINAL:

A quarteirização advem da utilização das empresas terceirizados...

O certo é: TERCEIRIZADAS, porque concorda com o substantivo feminino-plural “empresas”.

3. REGÊNCIA VERBAL:

...ajudando-lhe e garantindo melhor...

Quem AJUDA AJUDA ALGUÉM. É, dessa forma, VERBO TRANSITIVO DIRETO.
O pronome LHE completa verbo transitivo INDIRETO.

Correção:

...ajudando-A...e garantindo-LHE (isto é, “a ela”).

18- Assinale a opção gramaticalmente correta quanto à concordância e regência.

a) Antigamente, nas empresas, eram poucos os funcionários que dominavam um idioma estrangeiro, e com eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavra ou um texto.
b) A exigência nos bons empregos, agora, é que se tenham fluência ao conversar numa língua estrangeira.
c) A corrida em busca da fluência em outra língua pode ser medida pela quantidade de brasileiros que viajam para o exterior com o fim específico de estudá-la.
d) A primeira pergunta que surge a quem se impõe ao desafio de falar outro idioma fluentemente é: será preciso passar um tempo no exterior?
e) Não necessariamente. Um bom começo é identificar as estratégias que funciona melhor para cada tipo de pessoa.
(Renata Moraes, “A corrida pelo domínio da língua”. Veja, 4/3/2009, p.97/98)


COMENTÁRIOS

LETRA A

a) Antigamente, nas empresas, eram poucos os funcionários que dominavam um idioma estrangeiro, e com eles recorriam os colegas quando precisavam traduzir uma palavra ou um texto.

ERRO DE REGÊNCIA

O verbo RECORRER exige a preposição A.

CORREÇÃO:

...e A eles recorriam os colegas quando...


LETRA B

b) A exigência nos bons empregos, agora, é que se tenham fluência ao conversar numa língua estrangeira.

ERRO DE CONCORDÂNCIA VERBAL

Não há razão para que o verbo TER esteja no plural. O correto é “que se tenha fluência...”.

LETRA C – item a marcar

c) A corrida em busca da fluência em outra língua pode ser medida pela quantidade de brasileiros que viajam para o exterior com o fim específico de estudá-la.

Nenhum erro.


LETRA D – um caso a pensar...

d) A primeira pergunta que surge a quem se impõe ao desafio de falar outro idioma fluentemente é: será preciso passar um tempo no exterior?

A princípio, nenhum erro nesse fragmento. Vamos esperar o gabarito OFICIAL.

LETRA E

e) Não necessariamente. Um bom começo é identificar as estratégias que funciona melhor para cada tipo de pessoa.

ERRO DE CONCORDÂNCIA VERBAL

O verbo FUNCIONAR tem, gramaticalmente, como sujeito o pronome relativo QUE, o qual substitui o grupo nominal “as estratégias” e assume função sintática de sujeito do verbo.

CORREÇÃO:

...é identificar as estratégias que (AS ESTRATÉGIAS) FUNCIONAM melhor...

19- Os trechos a seguir constituem um texto adaptado de Zero Hora, 28/2/2009, mas estão desordenados.

Ordene-os nos parênteses conforme a posição no texto final e indique a
opção correspondente.

( ) A emergência e a multiplicidade desses planos e desses pacotes de estímulo estão preocupando até mesmo o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, para quem essas manifestações desconexas e parciais não representam soluções e, ao contrário, podem tornar-se parte da crise.
( ) A questão do protecionismo, tema central nos debates sobre o comércio internacional nas últimas décadas, ganha agora uma renovada atualidade em decorrência das medidas que, nos países ricos e nas nações em desenvolvimento, os governos têm adotado para enfrentar os efeitos da crise global.
( ) Exemplos dessas medidas pontuais e restritas são, entre outras, a proposta subordinada ao slogan buy American, pela qual os consumidores dos Estados Unidos são convocados a comprar produtos locais, e as que o governo de Buenos Aires está adotando para proteger a indústria argentina contra a presença de produtos estrangeiros, mesmo do Mercosul. Alguns dos itens brasileiros só entram na Argentina pagando taxas que vão a 413%.
( ) A ausência de medidas planetárias para enfrentar esse problema que tem tal dimensão estimula soluções parciais e limitadas, que se multiplicam de país para país, que levam à adoção de pacotes de estímulos distintos e que acabam por dar força a tentativas quase nacionalistas de defesa de interesses.
( ) Para ele, esse é o risco de uma política de “empobrecer o vizinho”, que é a que transparece das decisões de países importantes, a começar pelos da União Europeia, dos Estados Unidos e do Japão. A globalização que ocorreu nas últimas três décadas, mesmo que agora surja como um fenômeno em retração por causa da crise, é ainda um elemento fundamental para o entendimento do interrelacionamento econômico e financeiro internacional e para avaliar os efeitos devastadores e abrangentes da atual crise.

a) 2, 3, 5, 1, 4
b) 3, 4, 2, 5, 1
c) 1, 5, 4, 3, 2
d) 4, 1, 3, 2, 5
e) 5, 2, 1, 4, 3

COMENTÁRIOS

São muito comuns questões dessa natureza caírem nas provas da ESAF. E como se não bastasse, aqui temos uma.

Já comentamos aqui no nosso BLOG a respeito de como resolver esses tipos de questões.
Basta ler apenas as duas linhas iniciais de cada item. Vamos lá.

ESPAÇO 1

( ) A emergência e a multiplicidade desses planos e desses pacotes de estímulo estão preocupando até mesmo o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, para quem essas manifestações desconexas e parciais não representam soluções e, ao contrário, podem tornar-se parte da crise.

Essas expressões em negrito se referem a que, a quem? Portanto, nesse caso, há erro textual de ordem referencial.

ELIMINA-SE A ALTERNATIVA C

ESPAÇO 2

( ) A questão do protecionismo, tema central nos debates sobre o comércio internacional nas últimas décadas, ganha agora uma renovada atualidade em decorrência das medidas que, nos países ricos e nas nações em desenvolvimento, os governos têm adotado para enfrentar os efeitos da crise global.

Existem possibilidades reais de esse parágrafo iniciar algum texto? Sim, certamente.

ESPAÇO 3

( ) Exemplos dessas medidas pontuais e restritas são, entre outras, a proposta subordinada ao slogan buy American, pela qual os consumidores dos Estados Unidos são convocados a comprar produtos locais, e as que o governo de Buenos Aires está adotando para proteger a indústria argentina contra a presença de produtos estrangeiros, mesmo do Mercosul. Alguns dos itens brasileiros só entram na Argentina pagando taxas que vão a 413%.

Mais uma vez não se sabe o verdadeiro referente desse grupo nominal.

ELIMINA-SE A ALTERNATIVA E

ESPAÇO 4

( ) A ausência de medidas planetárias para enfrentar esse problema que tem tal dimensão estimula soluções parciais e limitadas, que se multiplicam de país para país, que levam à adoção de pacotes de estímulos distintos e que acabam por dar força a tentativas quase nacionalistas de defesa de interesses.

Que problema? Esse grupo nominal “esse problema” refere-se a que ou a quem? Não se pode identificar o verdadeiro referente.

ELIMINA-SE A ALTERNATIVA A

ESPAÇO 5

( ) Para ele, esse é o risco de uma política de “empobrecer o vizinho”, que é a que transparece das decisões de países importantes, a começar pelos da União Europeia, dos Estados Unidos e do Japão. A globalização que ocorreu nas últimas três décadas, mesmo que agora surja como um fenômeno em retração por causa da crise, é ainda um elemento fundamental para o entendimento do interrelacionamento econômico e financeiro internacional e para avaliar os efeitos devastadores e abrangentes da atual crise.


“Para ele” quem?! “Esse é o risco...” Tais expressões não seriam cabíveis de iniciar um texto, visto que fazem referência interna. Seus referentes não estão explícitos.

ELIMINA-SE A ALTERNATIVA B


Só por eliminação, acertamos o item CORRETO: LETRA D


20- As frases abaixo empregam corretamente os sinais de pontuação, exceto uma. Indique-a.

a) Desertos irão aumentar; oásis, morrer; e fluxo de rios, diminuir, algumas vezes com resultados catastróficos.
b) Desertos, irão aumentar; oásis, morrer, e fluxo de rios; diminuir – algumas vezes com resultados catastróficos.
c) Desertos irão aumentar. Oásis, morrer. Fluxo de rios, diminuir. Algumas vezes, os resultados serão catastróficos.
d) Desertos irão aumentar, oásis vão morrer e o fluxo de rios vai diminuir, algumas vezes com resultados catastróficos.
e) Desertos irão aumentar. Oásis irão morrer e o fluxo de rios vai diminuir – algumas vezes com resultados catastróficos.
(Adaptado de O Aquecimento Global, de Fred Pearce (Publifolha, 2002), em trecho que trata dos efeitos que a seca pode provocar no interior dos continentes, no próximo século)


COMENTÁRIOS

A questão supracitada diz respeito ao emprego da vírgula.

Bem, a primeira e a mais básica e principal regra de vírgula é referente aos principais termos da oração, isto é, SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTO VERBAL.

Não pode haver vírgula entre esses três elementos, a não ser que haja alguma expressão intercalada e, com isso, haverá o emprego de duas vírgulas para que a separe dos demais termos.

LETRA A

a) Desertos irão aumentar; oásis, morrer; e fluxo de rios, diminuir, algumas vezes com resultados catastróficos.

Ocorre, nesse item, o emprego do PONTO-E-VÍRGULA. Ora, esse camarada pode ser utilizado para separar orações coordenadas assindéticas, aquelas que não têm nenhum vínculo sintático com nenhuma oração.

Veja:

O garoto pretendeu estudar português durante as férias ; desistiu de aprender e se entreteve com brincadeiras ; pensou sobre seus estudos e tentou de novo estudar.

No fragmento do item A, o emprego do ponto-e-vírgula separa a oração DESERTOS IRÃO AUMENTAR de OÁSIS (IRÃO) MORRER.

A vírgula após OÁSIS, RIOS está para omitir o verbo IR, já escrito na primeira oração. Senão,o período ficaria assim:

Ex: Desertos irão aumentar; oásis IRÃO morrer; e fluxo de rios IRÃO diminuir, algumas vezes com resultados catastróficos.

Para evitar, portanto, a repetição desnecessária desse verbo, colocou-se a vírgula. Sua justificativa se deve À ELIPSE.

A sequência para o emprego da pontuação é:

1. SEPARAR ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS;
2. ELIPSE;
3. ADJUNTO ADVERBIAL: “algumas vezes com resultados catastróficos”.

LETRA B – item a marcar.

b) Desertos, irão aumentar; oásis, morrer, e fluxo de rios; diminuir – algumas vezes com resultados catastróficos.

Opa! Houve a separação do sujeito DESERTOS do verbo IRÃO.
Logo, ERRO DE PONTUAÇÃO.

Após “morrer” deveria haver ponto-e-vírgula para separar as orações coordenadas assindéticas.

Mais à frente, há equivocadamente o emprego do ponto-e-vírgula em

“...e fluxo de rios; diminuir...”

Era para haver aí apenas o emprego da vírgula para marcar a ELIPSE do verbo IR.

E o travessão, já no final do período, poderia ser trocado por vírgula. Seu emprego deve-se à ênfase do autor voltada à conseqüência da idéia anterior.

LETRA C

c) Desertos irão aumentar. Oásis, morrer. Fluxo de rios, diminuir. Algumas vezes, os resultados serão catastróficos.

O período está plenamente correto. Essa seria uma construção alternativa à da letra B. Porém, nessa supracitada, a fragmentação é mais evidente, porque, no lugar do ponto-e-vírgula, empregou-se o ponto-final.

Afirmamos que as orações coordenadas assindéticas não estabelecem dependência sintática com as demais orações num período, por isso podem simplesmente ser separadas por ponto-final, construindo, dessa forma, período com orações isoladas, não mais com coordenação.

No caso da letra C, não teríamos mais, portanto, orações coordenadas assindéticas. Seriam naturalmente orações isoladas, orações absolutas.

LETRA D

d) Desertos irão aumentar, oásis vão morrer e o fluxo de rios vai diminuir, algumas vezes com resultados catastróficos.

Aqui temos uma construção mais simples. As orações estão separadas por vírgula, marcando, assim, enumeração de orações assindéticas. O conector E “fecha” a coordenação e a última vírgula separa o adjunto adverbial.

LETRA E

e) Desertos irão aumentar. Oásis irão morrer e o fluxo de rios vai diminuir – algumas vezes com resultados catastróficos.

Esse item é a mistura de LETRA C com D.


POR AQUI FICAMOS!

Espero que tenha sido útil a explicação.

Críticas, sugestões e elogios são sempre bem-vindos!

Abraços!

Prof. Hugo Magalhães

segunda-feira, 4 de maio de 2009

QUESTÕES da ESAF (Parte 3)

Olá, assíduos deste nosso querido BLOG!Sintam-se à vontade...Espero que nossas explicações sejam úteis.

Vamos agora a mais análises?

Quaisquer dúvidas, enviem emails.

À prova!

ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – ESAF/20081.

Assinale a opção em que o trecho do Valor Econômico (15/01/2008 – com adaptações) apresenta erro gramatical.

a) Várias lições foram aprendidas com o apagão de 2001 e não há dúvida de que a situação em que o País se encontra para prevenir e enfrentar a eventual repetição de cortes forçados de energia são muito melhores que as de sete anos atrás.

b) Há pelo menos dois anos o abastecimento de gás natural deixou de ser confiável, e não será pela proximidade de escassez de energia que o problema mudará de natureza.

c) A questão da necessidade de medidas de economia de energia, sejam elas quais forem ― inclusive a que deveria ser item permanente de todos os governos, todos os anos: a racionalização do uso ―, passou a ser encarada pelo governo como um desafio.

d) O modelo energético atual privilegiou a garantia de fornecimento da energia e a modicidade tarifária para novos empreendimentos. Tem pontos fortes e fracos, como todos os modelos. Ele é estatista e centralizador, sem que, por isso, esteja condenado à ineficiência.

e) Ao contrário, a previsibilidade de todo o sistema é hoje maior, embora isto tampouco seja uma garantia de que as necessidades do futuro serão atendidas por medidas adequadas no presente. Se o planejamento for seguido à risca, a situação da oferta do gás tem condições de melhorar em 2008.

COMENTÁRIOS

Quanto a erros gramaticais, temos que ter, inevitavelmente, alguns conhecimentos acerca de CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA, CRASE e PONTUAÇÃO. Se alguém indagasse: professor, dentre esses quatro assuntos, qual você acha que é mais comum? Responderia: CONCORDÂNCIA (verbo-nominal).

ITEM A

Várias lições foram aprendidas com o apagão de 2001 e não há dúvida de que a situação em que o País se encontra para prevenir e enfrentar a eventual repetição de cortes forçados de energia são muito melhores que as de sete anos atrás.

Aqui temos um erro de CONCORDÂNCIA, sim senhor, e de Coesão.

....a situação em que o País se encontra para prevenir e enfrentar a eventual repetição de cortes forçados de energia são muito melhores...

Ora, temos o verbo SER, no caso, flexionado “SÃO”. Logo, “O QUE SÃO MELHORES...?”

RESPOSTA: “SITUAÇÃO...” (núcleo do sujeito)

OUTRO ERRO:

...a situação em que o País se encontra para prevenir... é muito melhor que as de sete anos atrás...

A palavra destacada é um pronome que retoma que nome?

RESPOSTA: "situação"

CORREÇÃO:

...a SITUAÇÃO em que o País se encontra para prevenir... É muito MELHOR que A (pronome retomando "situação") de sete anos atrás...

2. O texto abaixo é adaptado de O Estado de S. Paulo, 12/01/2008. Assinale o trecho que apresenta erro gramatical.

a) Embora tenham registrado o expressivo crescimento de 49,2% em 2007, as vendas de máquinas agrícolas, no total de 38,3 mil unidades, ainda ficaram abaixo do recorde registrado em 2004, de cerca de 43 mil unidades.

b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que reúne também os fabricantes de máquinas agrícolas, acredita que, na próxima safra, a atividade no campo se manterá intensa, com aumento da área plantada e da produção de grãos.

c) Prevê que, neste ano, as vendas crescerão cerca de 15% em relação às de 2007, resultado muito bom. As novas estimativas do governo para a próxima safra justificam a previsão dos fabricantes.

d) Se ela se confirmar, as vendas do setor alcançarão, e provavelmente superaram, os níveis de 2002 e 2004, o período de melhor desempenho do setor em toda a história, e ao qual se seguiu uma abrupta queda, parcialmente revertida no ano passado.

e) Os fabricantes de máquinas agrícolas confessam-se surpreendidos com os resultados de 2007. Esperavam o crescimento das vendas, mas como disse o vice-presidente da Anfavea para a área de máquinas agrícolas, Milton Rego, “o que surpreendeu foi o vigor da recuperação”.

COMENTÁRIOS

Mais uma vez, na mesma prova, a ESAF cobrou atenção do candidato no que diz respeito a diversos conhecimentos gramaticais.

ITEM D

Se ela se confirmar, as vendas do setor alcançarão, e provavelmente superaram, os níveis de 2002 e 2004, o período de melhor desempenho do setor em toda a história, e ao qual se seguiu uma abrupta queda, parcialmente revertida no ano passado.

1º ERRO: CONCORDÂNCIA

Temos aí o verbo CONFIRMAR. Se pensarmos sempre que toda análise em português se inicia com VERBO e SUJEITO, podemos sim ter melhores desempenhos nos concursos. Logo, houve um erro referente à CONCORDÂNCIA VERBAL, na primeira instância.“

O que vai se CONFIRMAR?”

RESPOSTA: ela. Certo...mas “ela” QUEM?!

Ora, esse pronome se refere à palavra VENDAS.

Então a concordância correta é:

Se ELAS não se CONFIRMAREM, AS VENDAS...

2º ERRO: EMPREGO DA VÍRGULA

...as vendas do setor alcançarão, e provavelmente superaram, os níveis de 2002 e 2004...

As vírgulas empregadas nesse segmento são injustificadas. A primeira separa um verdadeiro processo de coordenação entre o verbo ALCANÇARÃO e “SUPERARAM”. E a segunda separa o verbo “SUPERARAM” de seu COMPLEMENTO (os níveis...).

CORREÇÃO:

...as vendas do setor alcançarão e provavelmente superaram os níveis de 2002 e 2004...

3º ERRO: FLEXÃO VERBAL

A flexão do verbo SUPERAR está incorreta no contexto.

Se com o verbo ALCANÇAR temos a forma no FUTURO, sendo assim teremos também o SUPERAR nesse mesmo tempo.

CORREÇÃO:

...as vendas do setor ALCANÇARÃO e provavelmente SUPERARÃO os níveis de 2002 e 2004...

3. As opções trazem propostas de continuidade ao trecho abaixo, diferentemente redigidas. Assinale a que contém erro de regência e/ou de concordância.

Como ninguém quer falar em aumento de impostos, todos se aferram à expressão mágica: reforma tributária. O tema evoca um país moderno, com distribuição mais justa dos valores arrecadados. (Krieger, Gustavo. “Agenda necessária e agenda possível”, Correio Braziliense, 7/1/2008, p. 4)

a) Bonito na retórica. Quando o assunto chega à mesa de discussões, o clima muda. O governo federal não quer dividir seu caixa. Estados e Municípios sempre querem mais dinheiro.

b) É bonito até chegar à mesa de discussões. Aí ninguém quer perder. Ao contrário: todos lutam para aumentar sua fatia do bolo.

c) Tudo vai bem até o assunto chegar à mesa de discussões. União, Estados e Municípios se digladiam para não perderem nenhuma partezinha do que arrecadam. O que querem mesmo é ganhar mais.

d) Todos concordam até se sentarem na mesa de discussões, quando se inicia os mais acalorados debates. Ninguém quer perder. Estados e Municípios buscam aumentar seu quinhão na nova divisão do dinheiro arrecadado.

e) Falar em reforma tributária é bonito. O xis da questão é botá-la no papel, quando os interesses da União, Estados e Municípios se chocam na busca de uma fatia maior do bolo para cada um.

COMENTÁRIOS

Nessa questão agora, o enunciado é bem evidente quanto à cobrança do conteúdo:erros relativos ou à CONCORDÂNCIA ou à REGÊNCIA.

ITEM D

Todos concordam até se sentarem na mesa de discussões, quando se inicia os mais acalorados debates.

1º ERRO: REGÊNCIA VERBAL

O verbo SENTAR exige tanto a preposição EM quanto A. Isso, porém, resulta em diferença semântica, isto é, sentidos distintos. A oscilação entre uma e outra preposição referente a um mesmo verbo não é exclusividade do lexema em questão. Temos, por exemplo, o verbo IR, que pode ser construído tanto com a preposição A como PARA, entretanto com mudanças de significado.

Exemplo:

1. Vamos a Curitiba. (a idéia da preposição sugere “momentaneidade”).
2. Vamos para Curitiba (já aqui a idéia incide em “estabilidade”).

No caso do verbo SENTAR, temos as possíveis construções com as devidas sugestões:

1. Sentamos à mesa. (estar próximo, adjacente)
2. Sentamos na mesa. (estar em cima)

Sendo assim, somente o contexto nos dirá que preposição é mais adequada para determinada situação.Pelo ambiente em que se encontra o verbo SENTAR, a construção mais provável seria com a preposição A, pois é possível a inferência de que, como se trata de uma sessão, as pessoas, no geral, não se sentam “em cima” da mesa de reunião.

2º ERRO: CONCORDÂNCIA VERBAL

...quando se inicia os mais acalorados debates. O verbo INICIAR tem quem como SUJEITO?Se mudássemos a posição dos termos da frase, isto é, colocássemo-la (que palavra heim...hahaha) na ordem direta, teríamos:

...quando os mais acalorados debates se INICIA (?)

Aqui há, portanto, um erro de concordância verbal, pois o sujeito do verbo INICIAR-SE é OS MAIS ACALORADOS DEBATES, cujo núcleo está no plural (DEBATES).

CORREÇÃO:

...quando SE INICIAM os mais acalorados DEBATES (núcleo do sujeito).

Espero que todos tenham apreendido perfeitamente as explicações.

Dúvidas, sugestões, reclamações ou elogios são sempre bem-vindos!

Por enquanto é só.

Prof. Hugo Magalhães

QUESTÕES da ESAF (Parte 2)


Olá, senhores e senhoritas!

Mais uma vez estamos aqui para nos distrair com algumas questões de concurso público.

E de novo temos a famosa ESAF!

Essa organizadora nos deixa, em alguns momentos, apreensivos com a elaboração de suas provas, uma vez que é bastante exigente.
Portanto, nosso objetivo único aqui é direcionar o candidato para o êxito.

Fique à vontade.

Desfrute.
Explore.
Analise.
Estude.

Reclamações, sugestões e elogios são sempre bem-vindos!
Vamos dar uma olhada?

(MTE – AUDITOR FISCAL – ESAF/2006)

1. Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção que apresenta erro.

a) A Primeira Revolução Industrial pode ser entendida como uma guinada de todos os indicadores econômicos ingleses, sobretudo nas duas últimas décadas do século XVIII.

b) Tal avanço dos indicadores econômicos tiveram várias razões: a intensificação do Comércio Internacional desde o século XVI, a Revolução Agrícola (e a expulsão de vastos contingentes de campesinos para as cidades), o surgimento de uma indústria têxtil inglesa etc.

c) Esses acontecimentos propiciaram o que o historiador Eric Hobsbawm chama de a “partida para o crescimento auto-sustentável”. Por “crescimento auto-sustentável” entende-se: o poder produtivo das sociedades humanas, até então sujeito a variáveis climáticas ou demográficas, tornou-se crescente e constante – livre de epidemias, fomes, pestes ou intempéries, que regularmente ceifavam grandes contingentes de mão-deobra em quase toda a Europa.

d) Contraposto à Idade Média, em que o problema crônico da produção era a falta de homens e mulheres nos campos (e não de terras), o período que se segue à Revolução Industrial é aquele em que o homem começa a tornar-se um pouco mais supérfluo.

e) Como explicita Hobsbawm, trata-se de período em que, às grandes massas de desempregados e campesinos desapossados, juntou-se um sistema fabril mecanizado que produzia “em quantidades tão grandes e a um custo tão rapidamente decrescente a ponto de não mais depender da demanda existente, mas de criar o seu próprio mercado”.(Raquel Veras Franco, Breve Histórico da Justiça e do Direito do Trabalho Mundo.http://www.tst.gov.br/Srcar/Documentos/Historico)

COMENTÁRIOS

Uma questão bem interessante:

“Assinale a opção em que apresenta ERRO”.

Nessas circunstâncias, não se sabe qual conhecimento específico a organizadora exige do candidato. Podemos, no entanto, arrolar algumas possibilidades de erro quanto à CRASE, CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA e PONTUAÇÃO (voltada, principalmente, à separação de SUJEITO e VERBO e COMPLEMENTO). Portanto, todo cuidado é pouco.

RESPOSTA: ITEM B

O erro está logo na primeira linha do item.

Tal avanço dos indicadores econômicos tiveram várias razões:

Observe o verbo TER. Ele está no plural, por quê?

“QUEM ou O QUE teve várias razões?”A resposta a isso é o SUJEITO.
Logo: o que teve várias razões foi o

“tal AVANÇO dos indicadores econômicos TEVE...

Nesse caso, o verbo vai concordar com o NÚCLEO do SUJEITO - AVANÇO.

Já comentamos aqui no BLOG sobre as reais possibilidades de caírem questões de concordância desse mesmo jeito. Assim, quando o enunciado exigir erro de CONCORDÂNCIA VERBAL, o candidato tem de ficar atento para o verbo e o núcleo do sujeito. Isso vale tanto para provas da ESAF quando da CARLOS CHAGAS (FCC).

Não obstante, a questão supracitada não deixa explícito o que pede.

2. Os trechos abaixo constituem um texto. Assinale a opção gramaticalmente correta.

a) O primeiro interesse dos espanhóis e portugueses pela América foi o ouro acumulado. A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugal a manutenção da colônia, ameaçada de ocupação. Nesse período, somente a ocupação representava verdadeiro domínio. Por outro lado, os gastos de defesa eram bastante elevados.

b) Como os portugueses já possuíam experiência no cultivo do açúcar em grande escala nas ilhas do Atlântico, a junção desse conhecimento técnico dos portuguesescom a capacidade de transporte dos holandeses na Europa permitiriam a produção do açúcar em larga escala no Brasil.

c) O principal problema para essa expansão seria a mão-de-obra, pois não haviam na colônia e o transporte de Portugal era economicamente inviável.

d) Na expansão da plantação do açúcar no Brasil, Portugal utilizou-se, inicialmente, do trabalho de índios escravizados. Mas o sistema de monopólio da produção do açúcar entraram em decadência com o início da produção nas ilhas das Antilhas, fazendo com que o preço do produto caísse.

e) A necessidade política de colonização das terras e a ausência de mão-de-obra excedente na Península Ibérica, na época, levaram Portugal a optar pela introdução da mão-de-obra escrava africana (negra).
(SidneiMachado.http://calvados.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/direito/article/viewPDFInterstitial/1766/1463)

COMENTÁRIOS

Realmente a ESAF gosta de questões desse tipo: conhecimentos gramaticais.

Nesse caso, atentaremos, mais uma vez, para CRASE, CONCORDÂNCIA, REGÊNCIA e PONTUAÇÃO.Na questão anterior havia um erro quanto à CONCORDÂNCIA VERBAL.

ITEM A

ERRO quanto à CRASE.

O primeiro interesse dos espanhóis e portugueses pela América foi o ouro acumulado. A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugal a manutenção da colônia, ameaçada de ocupação. Nesse período, somente a ocupação representava verdadeiro domínio. Por outro lado, os gastos de defesa eram bastante elevados.

Bem, PORTUGAL é uma palavra que não aceita artigo.

Você diz:

Ex1: PORTUGAL tem uma arquitetura antiga.
Ex2: PORTUGAL é um dos berços da civilização ocidental.
Ex3: PORTUGAL destacou-se como grande desbravador dos mares.

Entre outros exemplos. Isto é, não existe a presença do artigo. E se no lugar da preposição A tivéssemos a preposição PARA?

Ex1: A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou à Portugal...

Veja:

Ex2: A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou PARA Portugal...Percebe? Se aparece a preposição PARA, então só deverá aparecer a preposição A!

CORREÇÃO:

A mera exploração do ouro, no entanto, não assegurou A Portugal...

ITEM B

ERRO quanto à CONCORDÂNCIA VERBAL.

Como os portugueses já possuíam experiência no cultivo do açúcar em grande escala nas ilhas do Atlântico, a junção desse conhecimento técnico dos portugueses com a capacidade de transporte dos holandeses na Europa permitiriam a produção do açúcar em larga escala no Brasil.
“Quem ou o que PERMITIRIA a produção do açúcar em larga escala no Brasil?”

A resposta é o SUJEITO do verbo.

Ora,

...a JUNÇÃO desse conhecimento técnico dos portuguesescom a capacidade de transporte dos holandeses na Europa PERMITIRIA a produção...

O núcleo do sujeito é JUNÇÃO. Na verdade, deixamo-nos influenciar pela regência do nome JUNÇÃO, pois exige dois complementos: JUNÇÃO DE ALGO COM ALGO. Porém, JUNÇÃO é o núcleo do sujeito. Logo, o verbo concordará somente com ele, e não com sua idéia de plural a partir de seus complementos.

ITEM C

ERRO quanto à CONCORDÂNCIA VERBAL.

O principal problema para essa expansão seria a mão-de-obra, pois não haviam na colônia e o transporte de Portugal era economicamente inviável.
O verbo HAVER, nesse caso, está no sentido de EXISTIR. Sendo assim, fica no singular, e não no plural.

CORREÇÃO:

O principal problema para essa expansão seria a mão-de-obra, pois não HAVIA na colônia e o transporte de Portugal era economicamente inviável.

ITEM D

ERRO quanto à CONCORDÂNCIA VERBAL.

Na expansão da plantação do açúcar no Brasil, Portugal utilizou-se, inicialmente, do trabalho de índios escravizados. Mas o sistema de monopólio da produção do açúcar entraram em decadência com o início da produção nas ilhas das Antilhas, fazendo com que o preço do produto caísse.
Ora, “QUEM ou O QUE entrou em decadência com o início da produção...?”A resposta é o SUJEITO, naturalmente.

Logo:“mas o SISTEMA de monopólio da produção do açúcar ENTROU...”

ITEM E - CORRETO

(ANALISTA ADMINISTRATIVO – ESAF/2006)

3. Ao texto original, foram feitas alterações morfossintáticas. Assinale a opção que apresenta o único trecho que restou inteiramente correto, quanto aos ditames da norma padrão da língua escrita e às exigências textuais de coesão e coerência.

a) No crescimento do PIB, no ano de 2004, teve significativa importância a expansão do consumo interno e do investimento, e não apenas o das exportações, como em surtos de crescimento anteriores.

b) Foram responsáveis, internamente, por essa expansão: o consumo das famílias que cresceu 4,3% ao ano e o crescimento do investimento da ordem da mais alta taxa desde o final de 1997, bem como das exportações de bens e serviços.

c) A resposta à indagação sobre é viável sustentar taxas de crescimento do PIB real em torno dos 5% ao ano é a de um sim. Mas temos de torcer para que não ocorrem acidentes externos com fortes impactos negativos.

d) Ademais, é fundamental que se atue para elevar nossas taxas de poupança e de investimento a níveis compatíveis com a sustentação do crescimento– o que exige a criação de um ambiente favorável ao investimento e pela ampliação da capacidade de mobilizar poupança, especialmente a doméstica.

e) A poupança doméstica necessita de ser estimulada para assegurar um crescimento elevado e duradouro do PIB real. A poupança privada requer políticas que lhe estimulem.(Charles C. Mueller, UnB Revista, Ano IV, n. 11, mai/jun/jul 2005, com modificações)

COMENTÁRIOS

ITEM A

No crescimento do PIB, no ano de 2004, teve significativa importância a expansão do consumo interno e do investimento, e não apenas o das exportações, como em surtos de crescimento anteriores.

Houve ERRO de COESÃO (referencial).

A referência do pronome O no trecho

“...e não apenas o das exportações...”

é a palavra “EXPANSÃO”.

Logo, teria de ser um pronome FEMININO.Isto é, “teve significativa importância A EXPANSÃO do consumo interno e do investimento, e não apenas A (= EXPANSÃO) das exportações...”

ITEM B

Foram responsáveis, internamente, por essa expansão: o consumo das famílias que cresceu 4,3% ao ano e o crescimento do investimento da ordem da mais alta taxa desde o final de 1997, bem como das exportações de bens e serviços.

ERRO de COESÃO.

A expressão em destaque refere-se a “crescimento”.

Veja:...e o crescimento DO investimento...e DAS EXPORTAÇÕES...

Nesse caso, para resgatar a palavra “crescimento” é necessária a colocação de um pronome. Sendo assim“...e o crescimento do investimento da ordem da mais alta taxa desde o final de 1997, bem como O (= crescimento) das exportações...”

ITEM C

A resposta à indagação sobre é viável sustentar taxas de crescimento do PIB real em torno dos 5% ao ano é a de um sim. Mas temos de torcer para que não ocorrem acidentes externos com fortes impactos negativos.

ERRO de CLAREZA TEXTUAL e FLEXÃO VERBAL.

O primeiro período desse excerto é de difícil entendimento. Uma construção possível para isso seria

“É afirmativa a resposta a respeito da viabilidade de se sustentarem taxas de crescimento do PIB real em torno dos 5% ao ano”.

O segundo período apresenta um erro quanto à correta flexão do verbo OCORRER, o qual deveria estar no PRESENTE DO SUBJUNTIVO, no sentido de FUTURO (isso mesmo...).

Mas temos de torcer para que não OCORRAM acidentes...

ITEM D – CORRETO

Ademais, é fundamental que se atue para elevar nossas taxas de poupança e de investimento a níveis compatíveis com a sustentação do crescimento – o que exige a criação de um ambiente favorável ao investimento e pela ampliação da capacidade de mobilizar poupança, especialmente a doméstica.

ITEM E

ERRO de REGÊNCIA.

A poupança doméstica necessita de ser estimulada para assegurar um crescimento elevado e duradouro do PIB real. A poupança privada requer políticas que lhe estimulem.

O verbo NECESSITAR, nesse ambiente, está funcionando como verbo AUXILIAR da locução verbal formada por este verbo e por SER e ESTIMULAR.

Veja:

NECESSITAR (auxiliar) + SER (auxiliar) + ESTIMULAR (principal)

Tendo essa propriedade, sua REGÊNCIA não mais admite preposição, simplesmente por ser ele, agora, AUXILIAR, e não principal. Nesse contexto, o verbo NECESSITAR indica, como ele mesmo já exprime, necessidade, coação.Isso não é característica própria desse verbo.

Veja:

Aquela questão precisava ser estudada com calma.Temos, nesse exemplo, o verbo PRECISAR como AUXILIAR, assim como SER, do verbo ESTUDAR. Logo, nessas circunstâncias não há preposição.

CORREÇÃO:

A poupança doméstica necessita ser estimulada para assegurar...

O outro erro de REGÊNCIA é voltado para o correto emprego dos pronomes átono em relação ao verbo.

Veja:

A poupança privada requer políticas que lhe estimulem.

LHE é OBJETO INDIRETO, no geral. Mas também pode ser ADJUNTO ADNOMINAL (quando indicar posse) ou COMPLEMENTO NOMINAL (completando o sentido de um nome).

Nesse caso, infelizmente a “escolha” foi errada. Já que o verbo ESTIMULAR é TRANSITIVO DIRETO, então exige OBJETO DIRETO. O pronome LHE, porém, não exerce tal função. É aí que está o erro.

CORREÇÃO:

Coloquemos, portanto, um pronome átono que funcione como OBJETO DIRETO do verbo ESTIMULAR.

A poupança privada requer políticas que A (= POUPANÇA DOMÉSTICA) estimulem.Espero que tenham entendido a breve explicação.

Lembre-se reclamações, sugestões e elogios são sempre bem-vindos!

Abraços a todos!

Prof. Hugo Magalhães